segunda-feira, 19 de março de 2012

Viagem pela Costa Vicentina - 01 a 10 de Março de 2012


Decidimos fazer mais uma viagem, desta vez através da Costa Vicentina a partir de Sines, para dar continuidade à viagem que tínhamos feito em Setembro de 2011, em que descemos pelo litoral até à Lagoa de Santo André.


 1º Dia: 2012-03-01 (Quinta-Feira)» Abrantes – Sines

 Após prepararmos a "Marinete" para mais esta "aventura", demos corda aos rolantes pelas onze horas e dezasseis minutos, em direção à área de serviço de Abrantes para abastecermos de água. 
Quando íamos para abastecer ficámos surpreendidos porque não havia água; entretanto os jardineiros do Município ao  aperceberem-se do ocorrido, informaram-nos que a torneira de segurança estava fechada porque uma das torneiras do bloco apresentava fuga por ter sido danificada.
Disseram-nos onde estava a torneira de segurança o que nos permitiu abastecer; resolvida esta questão partimos em direção a Montargil, onde almoçámos junto à barragem.
Terminado o almoço, seguimos com destino a Montemor-o-novo onde fomos visitar o castelo. A Mané entretanto regressou à Marinete porque estava com a sensação de estar com febre e eu continuei a visita. Quando estava a visitar a Igreja de São Tiago começou a chover, o que me obrigou a correr até à Marinete.
 A visita à Igreja custa um euro, mas vale a pena ser visitada: a primeira referência escrita à sua existência data de 1302 (sec. XIV), sofreu várias remodelações ao longo dos séculos e em 1845 ao ser extinta como sede de freguesia, deixou de estar aberta ao culto; teve desde então uma utilização museológica, sofreu escavações arqueológicas e em 2006 foi recuperada e transformada em centro de interpretação do Castelo.
Como continuava a chover tomámos o  destino de Alcácer do Sal onde merendámos; daí partimos em direção a Santiago de Cacém, à procura dum supermercado que não encontrámos.
A chuva continuava a cair tal como a noite e por isso não parámos, seguindo assim para Sines onde fizemos finalmente as compras e fomos estacionar já sem chuva, junto ao Parque de Campismo para pernoitar. 


2º Dia: 2012-03-02 (Sexta-Feira)» Sines - Vila Nova de Milfontes

Pela manhã levantámo-nos e após a higiene e pequeno almoço, partimos em direção a Porto Covo. Dentro de Sines tivemos algumas dificuldades, porque chegámos de noite e não percebemos bem a nossa localização; entretanto pedimos ajuda a um cidadão local, que nos orientou devidamente, conduzindo-nos de carro até nos levar a uma zona próxima do porto de pesca onde não tivemos qualquer dúvida para continuar viagem.
Visitámos a marginal, fizemos as fotos da praxe e continuámos sempre à beira-mar; quando o despertador tocou para a bucha da manhã, parámos já próximo de Porto Covo, num local muito bonito, onde comemos.
Continuámos, e à entrada de Porto Covo estavam estacionadas várias auto-caravanas de diversas nacionalidades, num local onde no verão estão colocadas barras  de limitação de altura, mas que nesta época do ano estão parcialmente retiradas.
Não parámos e fomos estacionar dentro da povoação para dar um passeio e tomar café; verificámos que todos os espaços à beira-mar estão com limitadores de altura.
Comprámos pão na padaria local, que era muito bom, e seguimos para a Ilha do Pessegueiro, onde almoçámos junto ao forte que fica em frente da referida ilha. 
Quando terminámos o almoço, tivemos que seguir pela estrada de terra batida com início no forte (porque a estrada que liga Porto Covo a Vila Nova de Milfontes está em reparação), até entrarmos mais adiante na referida estrada; foram cerca de quatro quilómetros em segunda, a ouvir os tachos a baterem, pelo que quando vimos o alcatrão foi um alívio.
Chegados a Vila Nova de Milfontes, fomos até à ponta do farol junto à foz do rio Mira; daqui tem-se uma vista magnífica sobre a Vila, a foz e o mar; aproveitei ainda para fazer algumas fotos às aves marinhas.
à semelhança do que aconteceu em Porto Covo, também aqui as limitações ao estacionamento de auto-caravanas estão omnipresentes, através de limitadores de altura e de legislação da autarquia de Odemira.
Decidimos procurar um local de pernoita e fomos por uma estrada que nos levou até próximo do porto de pesca, onde já estava uma auto-caravana francesa estacionada; decidimos aí estacionar e esperar pelo proprietário; quando este chegou, bateu-nos à porta  e disse-nos que se quiséssemos ficar não havia problema, pois já tinha validado com a GNR.
O local fica junto a um restaurante, onde tomámos café e ficámos a pernoitar a ouvir o mar.  


3º Dia: 2012-03-03 (Sábado)» Vila Nova de Milfontes - Azenhas do Mar

Dormimos embalados pelo som do mar e, pelas oito horas, ao soar o despertador, levantámo-nos e após os procedimentos matinais de rotina, partimos para o centr
o da vila; parámos junto ao mercado onde fomos às compras para o fim-de-semana; depois demos uma volta pela zona antiga até às onze horas.
Já na Marinete comemos e seguimos de novo para sul em direção à praia das furnas, praia grande em Almograve cujas vistas são magníficas, Cabo Sardão onde almoçámos junto ao farol e onde fotografei cegonhas nos ninhos bem como as vistas fantásticas.
Continuámos depois para a Zambujeira do Mar onde fotografei um casal de pintassilgos felizes no seu nam
oro; fomos ao monte do outro lado para ver a paisagem e onde as placas a proibir pernoitar continuam omnipresentes, pelo que tomámos de novo o caminho do sul, até à praia do Carvalhal, de que gostámos muito; para nosso espanto aqui não havia nenhum placard de proibição, e talvez por esse facto encontravam-se aí estacionadas cinco auto-caravanas, todas estrangeiras, incluindo a do  companheiro francês junto de quem tínhamos ficado na noite anterior.
Instalámo-nos, fui fazer umas fotos e quando regressei para merendar, liguei a televisão, mas naquele “buraco” não havia sinal; como queríamos ver o jogo de futebol entre o Vitória de Setúbal e o Sporting, decidimos levantar ancora e tomar como destino a aldeia de Azenhas do Mar onde ficámos numa nova área de urbanização ainda com muitos espaços por preencher. Aqui o sinal era bom e por isso propício aos nossos desejos. 


4º Dia: 2012-03-04 (Domingo)» Azenhas do Mar - Bordeira 

Dormimos muito bem e pela manhã, após as rotinas matinais, dirigimo-nos para o largo onde ficam o miradouro sobre o porto de pesca e o único estabelecimento da localidade; quando aqui chegámos apareceu o companheiro francês que tinha ficado a pernoitar na praia do Carvalhal; fomos tomar café e pagámos apenas cinquenta cêntimos por unidade (coisa rara nos tempos que correm).
Após pedirmos informação sobre o caminho a seguir, partimos com destino a Odeceixe; pelo caminho atravessámos campos de cultura intensiva em que identificámos: alface, cenoura, rucula, couve e morango. A existência destas culturas mostrou-nos que se todos os campos envolventes também estivessem cultivados da mesma forma, teríamos uma grande produção de hortícolas o que seria uma mais valia para o País.
Continuando o percurso, fomos à praia de Odeceixe com as casas desertas nesta época do ano, aproveitámos este local para comermos e seguimos depois pelo planalto na direção de Maria Vinagre e daí para a praia do Homem.
Regressámos à anterior povoação, onde seguimos pela N120 e à entrada de Aljezur rodámos à direita para a praia da Amoreira, cuja estrada de acesso segue pela margem direita da ribeira de Aljezur;  esta estrada está muito remendada, obrigando-nos a transitar em segunda e terceira velocidades, para reduzir o barulho do bater dos tachos e os eventuais danos no equipamento.
Lá fomos pacientemente e cerca duzentos metros antes de chegarmos à praia, encontrámos um grande largo onde existia uma placa a proibir a continuidade das auto-caravanas; neste largo encontravam-se estacionadas seis auto-caravanas e uma caravana (cinco equipamentos alemães e dois holandeses); estacionámos também e aproveitámos para almoçar; depois fomos a pé tomar café e fazer umas fotos a esta praia que também é belíssima.
Terminado o café e as fotos, regressámos à auto-caravana para fazermos o caminho de retorno até Aljezur  da mesma maneira.
Em Aljezur enquanto a Mané ficou a descansar com dores no pescoço, devido à trepidação, fui visitar o castelo, apreciei as vistas e de regresso à Marinete, demandámos à praia do Monte Clérigo que é de facto um local magnífico pois as vistas sobre as falésias encantaram-nos; desta praia continuámos para a praia da Arrifana, onde existem os restos dum forte donde as vistas nos deixam extasiados.
A viagem continuou de novo para sul com o dia a cair e ao passarmos por Bordeira, vimos duas auto-caravanas estacionadas; pareceu-nos que o local era bom e decidimos aí pernoitar.
Fui ao café local beber uma cerveja e o proprietário disse-me que "esta é uma terra pobre de gente velha"; mas é uma terra antiga, pois foi elevada a freguesia pelo bispo de silves em 1464.


5º Dia: 2012-03-05 (Segunda-Feira)» Bordeira - Sagres

Hoje é um dia especial para mim, pois faço cinquenta e oito primaveras.
Pela manhã cumprimos as habituais rotinas e fomos tomar café à aldeia, seguindo depois para a praia da Bordeira, aldeia da Carrapateira onde fizemos compras, e seguimos para a praia do Amado e, desta para castelo do forno onde existe um centro arqueológico que se pensa ter sido um povoamento árabe de utilização temporária de apoio à pesca; as vistas continuam a ser magníficas e aqui almoçámos com os olhos postos naquele mar fantástico.
Após o almoço continuámos viagem para sul, passando por Vila do Bispo em direção a Sagres para irmos ao parque de campismo da Orbitur fazer a manutenção.
Quando chegámos a Sagres o GPS mandou-nos por uma estrada de terra batida, mas que não quisemos fazer; entretanto um cavalheiro a quem pedimos ajuda teve a gentileza de nos guiar até próximo do parque de campismo, cuja distância pela estrada de terra são cerca de 800 metros e pelo alcatrão aproximadamente 3,5 quilómetros; o preço do serviço no camping  é de três euros e quarenta cêntimos nesta época do ano.
Após o abastecimento fomos visitar o cabo de São Vicente (não visitámos o farol porque está encerrado às segundas-feiras.
Continuámos depois para a ponta de Sagres onde decidimos pernoitar, usufruindo da companhia de mais vinte auto-caravanas.
Atendendo ao dia de hoje, a Mané disse que não queria beber "vinho de pacote"; aproveitei para dar um passeio e surpreendi-a com um "Foral de Évora tinto de 2007", excelente para acompanhar o entrecosto de porco preto que tínhamos para o jantar.



6º Dia: 2012-03-06 (Terça-Feira)» Sagres - Lagos

Pela manhã fomos visitar a fortaleza de Sagres e tivemos desconto pelo facto de sermos aposentados; não sei de quanto foi o desconto, mas pagámos três euros pelas duas entradas. 
Fizemos a visita sempre acompanhados dum vento gélido que de quando em vez tentava atirar-nos ao chão; andavam a colocar proteções em madeira para que os turistas não se aproximem das arribas; entretanto vinha a passar junto dum pescador no preciso momento em que este pescou um sargo com mais de um quilo.
Terminada a visita, rumámos a Lagos e entretanto fomos visitar praia da Ingrina, onde almoçámos junto ao restaurante do Sebastião (que estava fechado); enquanto se fazia o almoço, assistimos à lavagem de roupa com água do mar por uma turista holandesa.
Após o almoço seguimos para a praia de  Zavial onde haviam muitos surfistas, depois fomos à praia de Salema onde estão em final de construção muitas habitações; daqui continuámos para a praia da Boca do Rio onde estavam cerca de trinta auto-caravanas, três das quais portuguesas e como seria de esperar, os "Tugas" estavam instalados nos melhores locais.
Pelo facto de andarem a construir a estrada de ligação ao Burgau (atalho com cerca de duzentos metros), tivemos de fazer um percurso enorme, pois regressámos à N125 para depois voltarmos ao litoral; 
Na praia do Burgau não conseguimos estacionar e por isso seguimos diretamente para a Vila da Luz, onde estacionámos junto à capela; merendámos e fomos dar um passeio  pela zona marginal que é muito bonita; tomámos café e aqui uma senhora que deduzimos ser um dos proprietários do café, disse-nos que junto ao estádio municipal de Lagos há uma área de serviço e de pernoita, aconselhando-nos por isso aquele local (não constava da nossa informação porque precisa de ser atualizada).
Com esta preciosa informação dirigimo-nos a Lagos em busca do dito local que descobrimos sem dificuldade; o problema esteve no facto de todos os lugares estarem ocupados por estrangeiros, com garrafões e baldes a aparar a água residual o que nos levou a deduzir que estão instalados para ficarem. 
O local é muito bom e tem lugar para vinte e uma auto-caravanas (embora na informação constem vinte). Há ainda um grande recinto, com muito espaço disponível, mas há também muitas placas a proibir o estacionamento; apesar disso, estacionámos um pouco afastados das placas, onde já estava uma auto-caravana  holandesa.



7º Dia: 2012-03-07 (Quarta-Feira)» Lagos - Monchique

Levantámo-nos pelas oito horas como habitualmente e após os procedimento do costume, fui à receção do estádio comprar a ficha para abastecimento de água, pelo preço de dois euros para 100 litros de água.
Após os procedimentos normais de manutenção, fomos às compras e depois tomámos o caminho da meia praia, seguimos pela marginal durante algum tempo, até tomarmos o destino do interior em busca da N125; ao chegarmos junto desta  em Odiáxere perguntámos como seguir para a barragem da Bravura e a pergunta foi feita no sitio certo, no momento certo e à pessoa certa que nos disse para virarmos à esquerda e depois na primeira rua à direita, onde encontraríamos uma placa a indicar a barragem.
Tudo correu conforme as informações e assim rumámos em direção à referida barragem; chegámos a um planalto onde havia um largo grande, de onde tínhamos uma magnífica vista para a dita barragem e para a serra de Monchique.
Aproveitámos para almoçar em local tão aprazível e depois seguimos em frente até aparecer a indicação de estrada sem saída; aqui encontra-se o Bar/restaurante "Hansel - Gretel" explorado por um casal de Holandeses; pagámos dois euros pelos cafés, mas o local é fantástico, o proprietário é muito simpático, as casas de banho estão super higienizadas e até têm borboletas pintadas ou coladas nas paredes.
Após o café tomámos o caminho de regresso durante quatro quilómetros até virarmos à direita em direção a Aljezur e Monchique.
Quando chegámos a esta última localidade, subimos à Foia para apreciar as vistas que são magníficas; daqui vê-se grande parte da costa, apesar de neste dia o céu estar muito nebuloso e dificultar a visão, embora conseguíssemos identificar Portimão, Lagos e Armação de Pera. 
Pedimos algumas informações designadamente se havia uma estrada diferente da que utilizámos para subir e como ir às caldas de Monchique; obtida a informação desejada, descemos a montanha por outra estrada até à vila e daqui fomos às termas; aqui chegados fomos parar à zona de engarrafamento de água; voltámos para trás e fomos então à zona das termas onde não conseguimos estacionar e por isso continuámos em frente.
Um pouco depois da zona do engarrafamento de água vimos uma grande acácia caída, completamente atravessada na estrada, dividida em duas partes enormes; junto à acácia estava uma carrinha parada e um Senhor, que pensámos que a estava a cortar; como não podíamos passar, parámos e fomos ver, mas puro engano, pois o cavalheiro disse-nos que a acácia tinha acabado de cair, mesmo à sua frente, e por pouco não lhe caiu em cima; também nós ficámos preocupados, pois momentos antes (menos de dez minutos) tínhamos passado naquele local duas vezes; juntámo-nos para em conjunto  desviarmos a acácia e assim podermos passar.
Continuámos em direção à Vila e fomos estacionar para pernoitar em frente ao quartel dos Bombeiros.



8º Dia: 2012-03-08 (Quinta-Feira)» Monchique - Ferreira do Alentejo

Pelas oito horas levantámo-nos, como sempre, para o ataque às rotinas matinais; Depois fomos tomar café e dar uma volta pela Vila; fomos à igreja Matriz que estava aberta para a missa; a porta principal é lindíssima em estilo manuelino, bem como o interior.
Depois aventurei-me a subir a encosta íngreme para ir visitar o convento, mas fiquei completamente desiludido, pois parece estar em mãos privadas, completamente ao abandono.
Terminada a visita rápida a Monchique, seguimos com o objectivo de visitar a barragem de Santa Clara; pelo caminho enchemos os garrafões numa fonte.
Com a entrada no Alentejo, a estrada piorou significativamente, pelo que fizemos o trajecto até Santa Clara a Velha, quase sempre em terceira velocidade.
No regresso da barragem parámos para visitar a ponte de Dona Maria, que nos pareceu de origem medieval e cuja metade já foi rio a baixo.
Continuámos em direção a São Martinho das Amoreiras onde almoçámos e fomos ao mercado de rua onde comprámos uns excelentes chouriços.
Seguimos depois para a barragem de Monte da Rocha onde estavam quinze auto-caravanas de várias nacionalidades, com predomínio de holandeses e belgas, estes com grandes equipamentos, com atrelados e respectivos carros.
O nosso destino levou-nos a Messejana que visitámos; o centro tem um bonito Pelourinho e anda em obras de reparação do pavimento.
Tivemos como destino seguinte Aljustrel onde acabámos por não parar, porque estava muito calor e  tínhamos pressa para nos instalarmos a ver o jogo do Sporting com o Manchester City; assim seguimos directos para Ferreira do Alentejo, onde demos duas voltas para arranjar um lugar que nos agradasse; acabámos por ficar no bairro junto ao cemitério, no estacionamento em frente ao parque infantil, onde vivem dois agentes da GNR, pessoas muito simpáticas, com quem estive a conversar longamente durante o serão.



9º Dia: 2012-03-09 (Sexta-Feira)» Ferreira do Alentejo -Viana do Alentejo

Pelas oito horas levantámo-nos, cuidámos do físico, fomos visitar a Vila e fazer compras alimentares.
Depois partimos com destino a Peroguarda (onde viveu Giacometi), Alfundão e barragem de Odivelas onde almoçámos.
Após o almoço seguimos para o Alvito que visitámos com algum pormenor; é uma vila muito agradável e com marcas históricas interessantes.
Seguimos depois para Vila Ruiva, ponte romana com o mesmo nome e que gostámos muito; após várias fotos rumámos a Albergaria dos Fusos e barragem do mesmo nome, onde descobrimos num recanto, uma auto-caravana francesa (os estrangeiros descobrem os recantos mais interessantes deste país, talvez até melhor do que grande parte dos portugueses).
Regressámos ao Alvito por outra via, para nos dirigirmos a Viana do Alentejo onde desejávamos pernoitar; depois de várias voltas, optámos por ficar no parque dos bombeiros; entretanto dei uma volta pela vila até chegar ao castelo onde há uma grande praça; procurei ver se o acesso ao local era viável, o que entretanto validei com um cidadão local, que me disse que sim; fui então buscar a auto-caravana, interrompemos a confeção do jantar, metemos os tachos com a comida dentro do lavatório, viemos com cuidado e correu tudo bem até ao local desejado onde nos instalámos, ou seja, na referida praça.
Esta praça é acessível a qualquer auto-caravana, pela rua que fica contígua à estrada que vem do Alvito; ao chegar à Vila há uma curva à direita e segue-se em frente onde está uma placa a indicar igreja matriz para essa rua e outras indicam para a direita Évora e outras duas localidades.



10º Dia: 2012-03-10 (Sábado)» Viana do Alentejo - Abrantes (fim de viagem)


Quando soou o despertador às oito horas levantámo-nos, efetuámos as rotinas matinais e fomos visitar a Vila de Viana, com especial ênfase para o castelo e monumentos existentes no seu interior; tivemos direito a bilhete de reformado (80 cêntimos) e acompanhamento na visita; a igreja matriz é muito interessante, a sua fachada Manuelina é fantástica e tudo o resto que aconselho a visitar.
Terminada esta visita fomos fazer compras e abastecer de combustível.
Depois seguimos para a igreja de Nossa Senhora de Aires, de grande devoção para as gentes do Alentejo e não só; é uma igreja de estilo Barroco onde o grande número de fotografias de devotos, atesta  a grande devoção.
Daqui continuámos o nosso passeio em direção a Vila Nova da Baronia, onde almoçámos à sombra da igreja matriz, depois visitámos a zona histórica e a igreja da Misericórdia que se encontrava aberta e que tem um revestimento em azulejo muito interessante.
Continuámos viagem para o Torrão onde visitámos a igreja de São Francisco, ficando o restante património para visitar noutra altura.
Tomámos depois o caminho de casa, passando por Alcáçovas onde não parámos, Montemor o Novo onde tomámos café, Brotas, Mora e Montargil, e finalmente chegámos a Abrantes, terminando assim mais esta viagem.
Durante estes dez dias, percorremos mil e trinta e cinco quilómetros, visitámos muitos locais aprazíveis e muito do nosso património, ficando o desejo de nova aventura. Até lá, aquele abraço.